sábado, 28 de agosto de 2010

Arnaldo Antunes e Meio Século de Poesia

foto = Kátia Barbosa
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“sempre é pouco quando não é demais” – o bar Canteiro de Obras comemorou esfuziantemente os 50 anos do poeta Arnaldo Antunes – paulista, nasceu em 1960 já com o pulso poético no próprio nome – Antunes e Olavo Bilac aqui se aproximam – este último nasceu Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac: seu ritmo e suas 12 sílabas poéticas faz a gente ouvir um verso Alexandrino no ponto – de novo: Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac – e Arnaldo nasceu Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho – escandindo seu nome temos um verso heróico perfeito, com as tônicas na 6ª e 10ª sílabas – sem contar a sílaba átona do final, a 11ª, configurando um verso hendecassílabo irretocável: coisa pra poeta do século xvii nenhum botar defeito – repetindo: Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho – ah! esses compassos poéticos! tão interessantes! tomara que os professores não tornem um assunto tão lúdico quanto esse numa coisa chata e torturante – o ritmo é leve, acredite! pois bem – nessa quinta 26 do 08 de 2010 tivemos Kilito com parafernálias, abrindo o buraco do espelho e os trabalhos da noite, Laís apresentando o 4º e último número da revista Trimera – sanguínea, sanguinária, viosanguinolenta e sem nenhum coração – por ser a derradeira edição, Demetrios a despachou com fogo e algum esporro – quem não pôde comparecer ao Canteiro de Obras, procure a revista Trimera nas bancas e confira sua última coletânea de textos: você vai encontrar um materialíssimo! – Valadares leu “a chuva” e tantos outros textos – com os amigos da banda Clínica Tobias Blues, Renato, Sandro e Douglas, fiz uma homenagem ao Arnaldo Antunes interpretando sua persona – camisa longa clara, palavras em berros no microfone, raspei a barba e o pé do cabelo – obrigado ao Ícaro Igreja que me cedeu roupa e ajudou com a máquina no pêlo – também dou vivas ao Zorba Igreja que criou a arte do Zine Lote 8 do evento baseada na caixa de Viagra – Academia Onírica: aqui tem amor – “todo mundo quer amor”, “fora de si”, “o silêncio”, “invejoso” foram músicas interpretadas com muito ânimo animado e entusiasmo de quem gosta – à noite somaram-se as participações do público – muito boas! – pra cima! – fiquei super contente de perceber o envolvimento poético de várias pessoas – que seja nosso moto-contínuo – Pedro Vitor registrou em vídeo e logo exibiremos em algum canal da internet – Cícero Manoel era o artista plástico da noite e também estava rabiscantemente presente – como um sempre abençoado, Kátia Barbosa registrou tudo nas fotografias – quando estamos curtindo algo e somos interrompidos, não deu, não chegou, foi pouco – quando estamos curtindo algo e podemos seguir, chega um momento que pensamos “basta”! mas, alegremente, já passamos do ponto, do entre – quem acerta o suficiente? – “sempre é pouco quando não é demais”.
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Thiago E.
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Rapaziada da Noite:
poesias: AO - Demetrios Galvão, Kilito Trindade, Laís Romero, Thiago E, Valadares + participantes = Zorbba Igreja, Emanuelle Chaves, Thalita Ciane, Edmar, Aline Chaves, Iury Campelo, Chiquinho Garra, Roraima, Luís Batista .....
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músicos: Sandro, Renato, Douglas (Clínica Tobias Blues )
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exposição: Cícero Manoel
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vídeo: Arnaldo Antunes
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fotografias: Kátia Barbosa
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imagens de vídeo: Pedro Vitor
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parceiros: Revista Trimera, Canteiro de Obras, Pontão de Cultura Preto Ghoez Vive, Estúdio Totte, Fotógrafa - Kátia Barbosa.

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