quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pausadamente Árida

Nem o vento é capaz
de condensar as minhas lágrimas.
Hoje que me faço
ataduras de veludoaos ouvidos machucados.
Logo hoje
minha coluna
mantida ereta
cabeça erguida
e
na testa
um suor porco.
Me sinto pouco.
Talvez nenhum.
E não choro
águas paradas
lagoas desembocando no caos.
Logo hoje
elegia ao tempo
eu sofro de mundo
e mudo
o vento
a cada instante.
Queria mesmo era chorar.


Laís Romero

Um comentário:

  1. Adorei :)

    Estive lendo os seus textos, gostei muito.
    Estou seguindo o seu blogue.
    Dê uma olhada no meu, agradecia ;)

    Beijo *

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