segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não me espera
senta lá fora e fica
olhando o céu
um Órion atravessado
na retina
enquanto Plêiades dançam
carinhosas.

Pode ficar aí
sem pressa
eu não volto meu bem
não me espera
o sabor da vida
é não saber
como manter
as feridas abertas.

Qualquer dia desses
eu passo por aquia
pareço em riso.
O desespero é meu
compromisso
e por causa disso
eu imploro,
como quem nada quer,
o meu simples desejo:
não me espera.


Laís Romero

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