terça-feira, 9 de novembro de 2010

Manhã


Na manhã reconheço a brisa que há muito não sentia;
Complacente com o estalar da roupa na pia do quintal vizinho,
Água no fogo para fazer café,
Um pedaço do céu sobre meu quintal rodeado de casas de tribos diversas,
Vento nas folhas do pé de manga como um chocalho gigante,
Pardais que vez enquanto visitam-me próximo à porta da cozinha.
E repito nos muros: Os carambolos dizem sim em menção aos dias!

A alvorada lateja sutil na minha fronte
E eu vivo manhã,
vivo toda manhã de sol ardente na minha pele dormida.

E assim a geometria dos espaços se configuram; manhã, tarde, noite cêdo
Pra na hora em que a areia toda em meus pés
Eu virar de ponta cabeça pra contar o tempo outra vez; Nova manhã de novo!


Fagão

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