domingo, 31 de julho de 2011

Drummond também é Tarja Preta



Na última quinta-feira, o poeta Carlos Drummond de Andrade se fez presente no Canteiro de Obras, mostrando uma de suas faces ainda não catalogadas, uma face que não está nos inventários dos seus estudiosos. Por intermédios de alguns “poetas menores”, uma nova face foi inventada para Drummond na noite do dia 28 de julho – uma face com texturas imagéticas e sonoras, com direito a um diálogo com Serge Gainsbourg (o taradão francês das mil e uma sonoridades ).

O diálogo poético produzido por Fagão Silva e os demais Oníricos, fez de Drummond um Orixá sem pudor, um poeta sem a burocracia dos óculos intelectuais. Drummond foi prostituído pelos seus próprios poemas em leituras sacanas e cheios de efeitos sonoros – o Canteiro de Obras era uma quase boate ao som dos poemas-eletrônicamente-oníricos. Drummond foi dessacralizado e convertido em figura pós-moderna, mas sem deixar de ser um “poeta maior”.

A ilustre companhia de Drummond foi o pretexto para o lançamento da AO Revista nº1, que pela presença do público, tornou esse evento um sucesso e nós da Academia ficamos felizes por saber que as pessoas presentes, foram pra casa levando a revista nas mãos – nossa armadilha-poética-tarja-preta.

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