quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CULTO

Não sei o que a turba insinua,
Só sei que o deserto está fundado
E nós o aceitamos de bom grado,
Dispostos a perpetuar na rua

A esterelidade nua e crua.
Ceifamos tudo que nos é sagrado
Quando nós entoamos nosso brado.
Agora nosso status é de lua:

É tudo virgem e no puro anseio
De afirmar a nossa liberdade
Partimos toda vida pelo meio

Não vemos marca de nossa pegada
Ou tudo nos é bom ou é maldade
Aramos para a vida malograda.


Thiago Alex (colaborador / Paulista-PE)

Nenhum comentário:

Postar um comentário