Oníricos

Onírico é o delírio, o sonho absurdo nos subúrbios do tempo == trânsito na periferia da razão – salto na matéria sem forma == carregar na mochila uma poética do desregramento, da invenção livre... -> a Academia Onírica é a reunião de poetas com transistores diversos que se conectaram com o propósito de produzir e por em circulação Poesias Tarja Preta === esse coletivo agencia especulações subterrâneas e conspirações poéticas –--- reunião do clube dos prostituídos, dos que transam comprimidos sub-atômicos e despacham nos correios cartões-postais do fim do mundo para corações-bombas que saltam de pára-quedas nos abismos das avenidas. 



Demetrios Galvão. Primeiramente, aconteci em 26 de dezembro de 1979 na província de Teresina. Depois disso iniciaram os percursos, pulando muros e roubando livros, invadindo terras e produzindo fanzines. No tempo perdido ouvia muito rock e escrevia poesia (livros = cavalo de tróia – edição alternativa; fractais semióticos – FUNDAC, cosmologia invertebrada e bifurcações – inéditos; CD = pandemônio léxico no arquipélago parabólico). Seguindo os passos do meio, costurei um curso de história e ziguezagueei por uma cidade-dissertação. Hoje estou doutorando com os olhos em fotografias e trabalhando na Academia Onírica, realizando performances e fabricando comprimidos-poesia. Além disso, exerço atividades domésticas e sou pai de 4 gatos.



Fagão Silva é músico, compositor e escritor (poeta) marginal. Já foi pichador e preso em 2002. jogou bola por quase 20 anos no “Bariri”, campo de futebol próximo de sua casa. Começou sua trajetória como músico tocando pandeiro estudando os toques psicodélicos de Marcos Suzano. Depois conheceu Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro e aprendeu zabumba. Tocou nas bandas: Os Caipora, Roque Moreira, Rozatômica, Eletro Silva, Êita Piula. Em 2010 viajou para Cuba, conheceu “ La Habana Vieja ” e o maravilhoso universo das tumbadoras. Desde 2007 trabalha no coletivo “Núcleo do Dirceu”, lugar no qual tem desenvolvido, a partir de um processo de auto conhecimento, trabalhos de pesquisa que integram dança e música. Atualmente integra o núcleo hipocondríaco da AO – Academia Onírica – e da banda Quarteirão – projeto ao qual divide conceitos e atua junto à: Fabio Expiga e Madão Soares, tocando sonoridades do tempo de agora. faganw@hotmail.com




Laís de Sousa Romero é mãe.  Nascida, criada e formada em Teresina, trabalhou na edição de todos os números da revista Trimera, atualmente participa do coletivo Academia Onírica, grupo que se articula em prol da poesia piauiense.  Participou de seu primeiro concurso de poesia aos 11 anos, na escola onde estudava e desde então escreve diariamente numa necessidade incessante de expressar-se. Alguns de seus escritos podem ser encontrados em: humanahumana.blogspot.com.





Luiz Valadares Filho tem suas raízes fincadas nesta Te(resina) que lhe molda os passos. Foi alfabetizado na cartilha de ABC pelo pai, de quem herdou o gosto pela boemia. A mãe, professora, sempre dispunha livros aos filhos. Dela, Júlio Verne, Rui Barbosa, Monteiro Lobato, Jorge de Lima... e uma atração irresistível pela leitura, pela palavra escrita. Peleja com a palavra desde os 9 anos. Participou de algumas antologias, publicou em jornais e revistas. Fica pleno de prazer ao finalizar um trabalho. Da mãe herdou também a profissão. A sala de aula lhe tira da introspecção habitual. A Academia Onírica lhe deixa em frenesi.




Thiago E. músico em reabilitação labiríntica – professor com problemas de visão – ator driblador autodidata da própria gagueira – maravilhíssimo o pôr-do-sol na av. joão xxiii – integrante da banda validuaté, com a qual lançou 2 discos: pelos pátios partidos em festa |2007| e alegria girar |2009| – maiores informações no site www.myspace.com/validuate – com o grupo academia onírica, gravou o cd veículo q.s.p. |2010| – não se sabe se a pressa é um acúmulo de menos ou uma soma que abrevia a vida – as árvores da av. santos dummont são lindas – autor do livro cabeça de sol em cima do trem, ainda inédito – seu comportamento não presta para o capitalismo – poeta e vai ver viver é vrum! incompreendigo:




Kilito Trindade é pai (4), filho e espírito de poeta, compositor, ator e produtor cultural, além de biólogo, professor, funcionário público federal... Sua poesia é tradução das percepções inquietude e seus diálogos no mundo das relações: invenções, alucinações hipnagógicas e oniróides. Tudo é real...